Hoje com a volta de maior número de alunos a nossas aulas de Xadrez e também com a entrada de alunos novos tivemos que revisar algumas lições.
O Roque
No xadrez, é uma jogada especial que envolve a movimentação de duas peças no mesmo lance. Sua função é proteger o Rei ao deslocá-lo para um dos cantos do tabuleiro e conectar as torres na primeira fileira.
Condições do roque
Para se poder efetuar um roque, as seguintes condições são necessárias:
- Rei nunca foi movido
- Torre a usar no roque nunca foi movida
- Rei não está em xeque
- Nenhuma das casas pelas quais o rei irá passar ou ficar está sob ataque
- Casas entre o rei e a torre estão desocupadas
É comum pensar-se que as regras para o roque são mais rigorosas que na realidade. Para clarificar:
- Rei pode ter estado em xeque anteriormente
- Torre a usar no roque pode estar sob ataque
- Torre a usar no roque pode passar numa casa sob ataque (esta situação só é possível em grande roque)
Ao rocar o enxadrista deve mover primeiro o Rei e depois a Torre.
Roque pequeno
No roque pequeno, o Rei movimenta-se duas casas em direção à Torre da ala do Rei (o Rei branco vai para a casa g1, e o Rei preto vai para a casa g8). Em seguida a Torre é colocada na casa que o Rei saltou (a Torre branca vai para f1, e a Torre preta vai para f8). É o roque mais usual.
Roque grande
No roque grande, o Rei faz Roque com a Torre da ala da Dama (o Rei branco vai para a casa c1, e o Rei preto vai para a casa c8). A Torre vai para a casa que o Rei pulou (a Torre branca vai para a casa d1, e a Torre preta vai para a casa d8).
Quando rocar
Não existe uma regra dizendo em que jogada deve ser feito o roque, mas é de consenso que quanto antes, melhor. Antes da quarta jogada é impossível o roque (tem que tirar o cavalo e o bispo do caminho, o que implica também a movimentação de um peão). A partir do momento em que o roque é possível, o jogador deve avaliar se vale a pena proteger o Rei ou se é mais interessante desenvolver alguma jogada ou responder a alguma ameaça.
Um conselho é tentar fazer o roque contrário ao roque do adversário (se o adversário jogar o roque do lado do Rei, jogar o roque do lado da Dama). Uma olhada cuidadosa no tabuleiro também pode apontar o lado em que o adversário está mais forte e desenvolvido, caso em que o roque deve ser jogado para o outro lado (por exemplo, se os Bispos e Cavalos encontram-se em um lado, e há Peões no meio do tabuleiro, jogar o roque do outro lado do tabuleiro irá obrigar o adversário a mover suas peças para o outro lado, perdendo tempo e tendo que reorganizar seu ataque e defesa).
Referências
- D’AGOSTINI, Orfeu. Xadrez Básico. São Paulo : Ediouro, 1954.
- FILGUTH, Rubens. Xadrez de A a Z: dicionário ilustrado. Porto Alegre : Artmed, 2005.
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